Um Grupo de Estudantes Universitários lutando por um novo cenário do semiárido brasileiro

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O Programa COFPISNE Sustentável foi criado para o controle e redução aos impactos ambientais.

Sua meta é fazer a revitalização da Caatinga e do Rio São Francisco nos perímetros do Projeto.

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O SINPISBA irá gerar mais de 80 Mil empregos diretos e indiretos na Região de Irecê.

Sua meta é beneficiar inicialmente mais de 10 Mil pequenos agricultores familiares nos perímetros do Projeto.

Em busca das grandes conquistas hoje e sempre à benefício dos nossos filhos e netos.

Responsabilidade Social e Ambiental para o bem de todos.

Estamos em processo de planejamento para implantação do nosso Projeto no Semiárido do Nordeste.

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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Tipos de Reações Químicas

Texto: Dra.Renata M.S.Celeghini



As reações químicas costumam ocorrer acompanhadas de alguns efeitos que podem dar uma dica de que elas estão acontecendo.
Vamos ver quais são estes efeitos?

 SAÍDA DE GASES
  FORMAÇÃO DE PRECIPITADO
  MUDANÇA DE COR
  ALTERAÇÕES DE CALOR

 Vamos estudar alguns tipos de reações químicas.





Estas reações são também conhecidas como reações de composição ou de adição. Neste tipo de reação um único composto é obtido a partir de dois compostos.
Vamos ver uma ilustração deste tipo de reação!
Reação de Adição
Vamos ver alguns exemplos?


Cartaz - Exemplos de Reação de Adição





Como o próprio nome diz, este tipo de reação é o inverso da anterior (composição), ou seja, ocorrem quando a partir de um único composto são obtidos outros compostos. Estas reações também são conhecidas como reações de análise. Que tal dar uma olhadinha em uma ilustração e em alguns exemplos?


Reação de Decomposição
Cartaz - Exemplos de Reações de Decomposição





Estas reações ocorrem quando uma substância simples reage com uma substância composta para formar outra substância simples e outra composta. Estas reações são também conhecidas como reações de deslocamento ou reações de substituição.
Como será que isto ocorre? Vamos ver alguns exemplos para entender melhor estas reações.


Reações de Simples Troca





Estas reações ocorrem quando duas substâncias compostas resolvem fazer uma troca e formam-se duas novas substâncias compostas. Vamos aos exemplos?
Reações de Dupla Troca

Fonte: CDCC

domingo, 25 de novembro de 2012

Processo Industrial da Fabricação de Sabão - Saponificação


A fabricação de sabão para limpeza é conhecida há séculos e narrada pelos antigos historiadores.
Os gauleses foram os primeiros a manufaturar sabões de gorduras de cabra e de cinzas de madeira.
Nas escavações de Pompéia foi descoberta uma fábrica de sabão sepultada durante quase 2000 anos.
Acredita-se que os romanos adquiriram dos gregos seus conhecimentos sobre a fabricação de sabão.
Até o século XIV, os espanhóis e os italianos foram provavelmente os principais fabricantes de sabão.
A arte de produzir sabão foi introduzida na França, na cidade de Marselha durante o século XIII ou XIV.
Os sabões de Marselha eram de excelente qualidade, fabricados de óleo de oliva e álcali preparado a partir das cinzas de lenha e de algas.
A província espanhola de Castile deu seu nome ao sabão feito no local com óleo de oliva (Castile).
A fabricação de sabão foi, provavelmente, introduzida na Inglaterra durante o século XIV.
A primeira patente inglesa relativa à fabricação de sabão dita de 1632.
Uma das transformações mais revolucionárias sofridas pela indústria saboeira ocorreu em 1791, quando o químico francês Le Blanc descobriu o processo de fazer soda cáustica a partir do sal comum.
Este fato quase eliminou com a utilização de cinzas de lenha.
Os métodos de fazer sabão permaneceram inalterados durante muitos anos, embora o óleo de coco e o breu tivessem sido acrescentados à lista das matérias primas.
Quando os sabões foram feitos pela primeira vez na América, os métodos empregados foram copiados daqueles vigentes na Inglaterra.


Com o progresso rápido na indústria durante os séculos XIX e XX, a fabricação de sabão mudou um pouco e a maioria do sabão produzido no mundo de hoje é feito pelo chamado processo contínuo.
O conhecido sabão, usado principalmente para fins de lavagens e como agente emulsionante, consiste principalmente de hidróxidos de sódio ou potássio, de ácidos gordurosos.
Os sabões produzidos a partir de hidróxido de sódio (soda cáustica) são conhecidos como “sabões duros”, já os fabricados a partir de hidróxido de potássio são conhecidos como “sabões moles”.Outros tensoativos, freqüentemente conhecidos como detergentes sintéticos competem com os sabões em muitos usos.
Atualmente os sabões são muito mais sofisticados, pois temos: sabão em pedaço , sabão em pó , sabão de coco e os sabonetes.
Embora o sabão seja geralmente conhecido como um agente de limpeza, hoje em dia, é grande a porcentagem de sabões fabricados para diversas aplicações.
Uma dessas aplicações é a sua utilização como produto de toucador (sabonetes , sabões para barbear, cosméticos).


O sabão, como se poderia pensar, não desprende e elimina o sujo por ação química e sim por ação física, senão vejamos : as substâncias eliminadas são de naturezas diversas, como a argila a grafite os óleos minerais, as graxas, etc.
O que ocorre é que o sabão diminui as películas diminutas de gorduras que absorvem uma película de sabão com o que evitam o retorno a aglomeração, conseqüentemente, evitam o depósito de sujeira na roupa e a eliminam pela água.
O sabão provoca uma alteração na superfície da fibra têxtil na qual está aderida a sujeira, provocando uma diminuição na força de adesão, fazendo que ela passe para a espuma , ou seja , o sabão é formado por uma cadeia carbônica longa apolar e , portanto solúvel em gorduras e também por uma extremidade que tem um grupo carboxila polar e , portanto solúvel em água .


Óleo quente e álcalis concentrados são misturados. Centro: Salmoura fresca é adicionada a mistura, a fim de separar da solução o sabão formado. No fundo do recipiente acumula-se uma mistura de salmoura e glicerina, chamado de Barrela. A direita o sabão grosso é submetido à fervura para que todo o sal seja removido. Menos dura que os resíduos, sobrenada uma camada de sabão puro.
Sabão tipo português ( em pedaços )
Em um tanque encamisado ou não, coloca-se o sebo à temperatura de 60ºC e adiciona-se lentamente uma solução de soda cáustica a 50% até a completa saponificação (pH 6,5 – 7,5 ).
Ao ocorrer a saponificação adiciona-se solução de cloreto de sódio ( sal de cozinha ) que irá produzir a separação do sabão, que flocula em forma de pasta.
A parte líquida no fundo é composta por glicerina impura que poderá ser destilada uma ou duas vezes por processo simples ou a vácuo.
O sabão pronto é acondicionado em formas e posto a endurecer ao ar (sabão tipo mole ) ou ainda pode ser colocado em extrusoras sendo cortado no tamanho ou peso pré-determinado e depois prensado ( sabão tipo duro ).

Comum

Consiste na saponificação do sebo ( a 60ºC ) por soda cáustica líquida até a neutralização ( pH 6,5 – 7,5 ). Coloca-se o cloreto de sódio em solução para flocular o sabão. A pasta é colocada então em um agitador tipo amassadeira de pão ( batedeira de padaria ) e agita-se até o endurecimento e quebra do sabão. Depois o sabão é colocado em moinhos para ser moído.

Especial

É feito do mesmo modo acima só que pode levar as seguintes matérias primas: Carbonato de sódio – aumenta o poder de absorção do sabão em pó, é usado para aumentar o pH.
Metassilicato de sódio – aumenta a liga do sabão, isto é, provoca uma maior interação entre as matérias primas. Silicato de sódio – também aumenta a liga sendo que leva uma vantagem sobre o anterior por ser neutro , o metassilicato é alcalino.
Tripolifosfato de sódio – aumenta o poder de limpeza.

Obs.: O pH de um sabão em pó deve estar entre 9,5 – 10,5.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Como reagem os Sabões e Detergentes | Reação de Saponificação


1.     Saponificação: a reação que produz sabão


                 Uma vez que óleos e gorduras são esteres  eles sofrem reação de hidrólise ácida ou básica. A hidrólise ácida produzirá simplesmente o glicerol e os ácidos graxos constituintes. Já a hidrólise básica produzirá o glicerol e os sais desses ácidos graxos. Pois bem, esses sais são o que chamamos de sabão.
 
                 Assim, aquecendo gordura em presença de uma base, realizamos uma reação química que produz sabão.
Essa reação, a hidrólise básica de um triéster de ácidos graxos e glicerol, é chamada de saponificação.

óleo/gordura + base → glicerol + sabão


O uso de KOH no lugar de NaOH permite obter sabões potássicos, empregados, por exemplo, na fabricação de cremes de barbear.

Em muitas localidades do Brasil é comum, ainda hoje, encontrar pessoas que fazem o chamado sabão de cinza. Para fabricá-lo, deve-se ferver gordura animal (banha de vaca, por exemplo) ou vegetal (gordura de coco, por exemplo) junto com água de cinzas, também conhecida como lixívia. Após cerca de duas horas de fervura, está pronto o sabão de cinza. Esse processo é o mesmo usado em fábricas de sabão, sendo a cinza um substituto para o NaOH ou KOH. O caráter básico da água de cinza se deve à presença de carbonato de potássio (K2CO3), que reage com a água dando origem a íons OH.

2.     A glicerina

  



A glicerina (ou glicerol) é um subproduto da fabricação do sabão. Por esse motivo toda fábrica de sabão também pode vender glicerina. Ela é adicionada aos cremes de beleza e sabonetes, pois é um bom umectante, isto é, mantém a umidade da pele. Em produtos alimentícios ela também é adicionada com a finalidade de manter a umidade do produto e aparece no rótulo com o código "umectante U. I.".
           Outra aplicação da glicerina é na fabricação do explosivo conhecido como nitroglicerina.




álcool        +          ácido            →             éster              +    água
 

          Não estranhe se chamamos a nitroglicerina de éster, pois ela é formada pela reação de um ácido (HNO3) e um álcool (a glicerina). Trata-se de um éster derivado de um ácido inorgânico.

3.     A atuação de sabões e detergentes na limpeza

         A água por si só não consegue remover certos tipos de sujeira, como, por exemplo, restos de óleo. Isso acontece porque as moléculas de água são polares e as de óleo, apoiares. O sabão exerce um papel importantíssimo na limpeza porque consegue interagir tanto com substâncias polares quanto com substâncias apoiares. Isso pode ser entendido analisando sua estrutura.
Podemos dizer que a cadeia apolar de um sabão é hidrófoba (possui aversão pela água) e que a extremidade polar é hidrófila (possui afinidade pela água).

Ao lavarmos um prato sujo de óleo, forma-se o que os químicos chamam de micela, uma gotícula microscópica de gordura envolvida por moléculas de sabão, orientadas com a cadeia apolar direcionada para dentro (interagindo com o óleo) e a extremidade polar para fora (interagindo com a água).
              
A água usada para enxaguar o prato interage com a parte externa da micela, que é constituída pelas extremidades polares das moléculas de sabão. Assim, a micela é dispersa na água e levada por ela, o que torna fácil remover, com auxílio do sabão, sujeiras apolares.
O processo de formação de micelas é denominado emulsificação. O esquema da lateral desta página ilustra esse processo. Dizemos que o sabão atua como emulsificante ou emulsionante, ou seja, ele tem a propriedade de fazer com que o óleo se disperse na água, na forma de micelas.
Os detergentes sintéticos atuam da mesma maneira que os sabões, porém diferem deles na estrutura da molécula. Sabões são sais de ácido carboxílico de cadeia longa, e detergentes sintéticos, na grande maioria, são sais de ácidos sulfônicos de cadeia longa. Atualmente existem muitos outros tipos de detergentes com estruturas diferentes, mas que, invariavelmente, possuem uma longa cadeia apolar e uma extremidade polar.
Ácido carboxílico de cadeia longa e seu sal (um sabão)
Ácido sulfônico de cadeia longa e seu sal (um detergente)
Amina de cadeia longa e seu sal (um detergente)

Os detergentes sintéticos podem ser aniônicos ou catiônicos, dependendo da carga do íon orgânico responsável pela limpeza.
 
Detergente catiônico                                       Detergente aniônico
Há também, no mercado, alguns produtos que contêm detergentes não-iônicos. Um exemplo é o da seguinte substância.
 
Detergente e óleo colocados num mesmo tubo de ensaio antes (esquerda) e depois (direita) de uma agitação prolongada. O detergente, assim como o sabão, promove a emulsificação do óleo.

 

 

4.     Impacto ambiental de sabões e detergentes

         Diariamente, sabões e detergentes usados nas residências atingem o sistema de esgotos e acabam indo parar em rios e lagos. Lá, com o movimento das águas, formam uma camada de espuma na superfície, que impede a entrada de oxigênio, essencial para a vida dos peixes.
      As aves aquáticas também são muito prejudicadas com a poluição da água por sabões e detergentes. Elas possuem um revestimento de óleo em suas penas e boiam na água graças à camada de ar que fica presa debaixo delas. Quando esse revestimento é removido, essas aves não conseguem mais boiar e se afogam.
      Após algum tempo, esses resíduos de sabões são decompostos sob a ação dos microrganismos que vivem no ambiente aquático. A esse processo damos o nome de biodegradação.
      Sabões são fabricados a partir de substâncias presentes na natureza viva (os óleos e as gorduras) e existem muitos microrganismos capazes de degradá-los. Todo sabão é biodegradável.
      Já os detergentes sintéticos podem ou não ser biodegradáveis. Experiências mostram que os detergentes de cadeia carbônica não-ramificada são biodegradáveis, ao passo que os de cadeia ramificada não são. A legislação atual exige que os detergentes sejam biodegradáveis.
Em certas regiões a água é rica em íons Ca2+ e/ou Mg2+. Esse tipo de água é chamado de água dura. Nela, os sabões não atuam de modo satisfatório, pois ocorre uma reação entre esses cátions e o ânion do sabão, formando um precipitado (composto insolúvel). Isso pode diminuir ou até mesmo anular completamente a eficiência da limpeza.
         Para resolver esse problema, os fabricantes adicionam ao produto uma substância conhecida com o agente sequestrante, cuja função é precipitar os íons Ca2+ e Mg2+ antes que eles precipitem o sabão. Um dos agentes sequestrantes mais usados é o tripo li-fosfato de sódio Na5P3O10.
Há, no entanto, um inconveniente no uso desses agentes. Eles são nutrientes de algas e, quando vão parar num lago, favorecem a proliferação delas. Esse crescimento exagerado impede a entrada de luz solar; assim, as algas do fundo morrem (por falta de luz) e começam a apodrecer. Esse apodrecimento consome oxigênio da água, o que, por sua vez, acarreta a morte dos peixes. Esse processo é chamado deeutrofização do lago (do grego eu, "bem", e trophein, "nutrir").
Em Destaque
UM POUCO DA HISTÓRIA DO SABÃO
As referências mais antigas aos sabões remontam ao início da Era Cristã. 0 sábio romano Plínio, o Velho (Gaius Plinius Secundus, 23 ou 24-79 d.C), autor da célebre História natural, menciona a preparação de sabão a partir do cozimento do sebo de carneiro com cinzas de madeira. De acordo com sua descrição, o procedimento envolve o tratamento repetido da pasta resultante com sal, até o produto final. Segundo Plínio, os fenícios conheciam essa técnica desde 600 a.C. O médico grego Galeno (130-200 d.C.), que fez carreira, fama e fortuna em Roma, também descreve uma técnica segundo a qual o sabão podia ser preparado com gorduras e cinzas, apontando sua utilidade como medicamento para a remoção da sujeira corporal e de tecidos mortos da pele. O alquimista árabe Geber (Jabir Ibn Hayyan), em escrito do século VIII da Era Cristã, também menciona o sabão como agente de limpeza.
No século XIII, a indústria de sabão foi introduzida na França, procedente da Itália e da Alemanha. No século XIV, passou a se estabelecer na Inglaterra. Na América do Norte o sabão era fabricado artesanalmente até o século XIX. A partir daí surgem as primeiras fábricas. No Brasil, a indústria de sabões data da segunda metade do século XIX.
Dois grandes avanços químicos marcam a revolução na produção de sabões. Em 1791, Nicolas Leblanc (1742-1806) concluiu o desenvolvimento do método de síntese de barrilha (carbonato de sódio) a partir da salmoura (solução de cloreto de sódio). Michel Eugène Chevreul (1786-1889), entre 1813 e 1823, esclareceu a composição química das gorduras naturais. Assim, os fabricantes do século XIX puderam ter uma ideia do processo químico envolvido, bem como dispor da matéria-prima necessária.
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O PRÊMIO NOBEL

 Alfred Bernhard Nobel nasceu em 1833 na Suécia, tendo sido um químico muito influente na sua época. Dedicou-se ao estudo da nitroglicerina, líquido descoberto em 1847 pelo italiano Ascanio Sobrero. Era o explosivo mais potente conhecido na época, mas possuía o inconveniente de explodir de modo imprevisível.
Em 1864 uma explosão destruiu sua fábrica, matando seu irmão. Muitas explosões desse tipo levaram fábricas a fechar e governos a proibir o uso da nitroglicerina.
Nesse contexto, Nobel percebeu que, se a nitroglicerina estivesse embebida em terra infusória (terra diatomácea oukieselguhr, um pó proveniente de algas com alto conteúdo de sílica, Si02, e que é altamente poroso), só explodiria caso fosse detonada com um pavio em chamas. Estava inventada a dinamite, com a qual Nobel viria a enriquecer.
Em 1895, ele deixou sua fortuna para a Fundação Nobel, que distribuiria anualmente um prêmio para as personalidades que se destacassem na Ciência, na Literatura e no progresso pela paz mundial. Estava criado o Prêmio Nobel, concedido pela primeira vez em 1901. No ano de 1969, por doação de um banco sueco, foi criado o Prêmio Nobel de Economia, dedicado à memória de Nobel, que morreu em 1896.
Os vencedores são selecionados pela Academia Sueca Real de Ciências (Física, Química e Economia), Real Instituto Sueco de Medicina e Cirurgia de Caroline (Medicina), Academia Sueca (Literatura) e um comitê escolhido pelo Parlamento norueguês (Paz).

Texto de: Química na abordagem do cotidiano.
Autores: Francisco Miragaia Peruzzo e Eduardo Leite do Canto
Editora Moderna (2003)

Extraído de: (Química sem segredos)

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Os 12 Grandes Problemas Ambientais da Atualidade



Uma análise da UNEP (United Nations Environment Programme – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) sobre os grandes problemas mundiais da atualidade em relação ao ambiente, levantou 12 grandes problemas que preocupam pesquisadores, administradores e gerentes da área ambiental, são eles:

1. Crescimento demográfico rápido: Mesmo considerando que a taxa de fecundidade das mulheres está diminuindo nos países desenvolvidos, o crescimento demográfico aliado ao desenvolvimento tecnológico acelera a pressão sobre os sistemas e recursos naturais, e em geral traz como consequência mais impactos ambientais, devido ao aumento na produção industrial e nos padrões de consumo.

2. Urbanização acelerada: além do rápido crescimento demográfico, a aglomeração de população em áreas urbanas está gerando grandes centros com 15 milhões de habitantes ou mais. Esses centros de alta densidade populacional demandam maiores recursos, energia e infra-estrutura, além de criarem problemas complexos de caráter ambiental, econômicos e principalmente social.

3. Desmatamento: a taxa anual de desmatamento das florestas, especialmente das tropicais, ocasiona diversos problemas como erosão, diminuição da produtividade dos solos, perda de biodiversidade, assoreamento de corpos hídricos e etc.

4. Poluição marinha: a poluição marinha está se agravando cada vez mais devido a: descargas de esgotos domésticos e industriais através de emissários submarinos, desastres ecológicos de grandes proporções, como naufrágio de petroleiros, acúmulo de metais pesados no sedimento marinho nas regiões costeiras e estuários, perda de biodiversidade (exemplo: espécies frágeis de corais), poluição térmica de efluentes de usinas nucleares e etc.

5. Poluição do ar e do solo: ocasionada principalmente pelas indústrias, agroindústria e automóveis, através de: emissões atmosféricas das indústrias, disposição inadequada de resíduos sólidos (exemplo: lixões) e de resíduos industriais que causam poluição do solo, acúmulo de aerossóis na atmosfera provenientes da poluição veicular e industrial, contaminação do solo por pesticidas e herbicidas, e etc.

6. Poluição e eutrofização de águas interiores – rios, lagos e represas: a poluição orgânica provenientes dos centros urbanos e atividades agropecuárias gera uma variedade de efeitos sobre os recursos hídricos continentais, os quais são fundamentais para o abastecimento público das populações. Essa pressão resulta na deterioração da qualidade da água, causada pelo fenômeno da eutrofização, acúmulo de metais pesados no sedimento, alterações no estoque pesqueiro e geralmente inviabiliza alguns dos usos múltiplos dos recursos hídricos.

7. Perda da diversidade genética: o desmatamento e outros problemas ambientais acarreta em perda de biodiversidade, ou seja em extinção de espécies e perda da variabilidade da flora e da fauna. A biodiversidade e seus recursos genéticos são fundamentais para futuros desenvolvimentos tecnológicos.

8. Efeitos de grandes obras civis: a construção de obras civis de grande porte, como represas de usinas hidrelétricas, portos e canais, gera impactos consideráveis e díficeis de mensurar sobre sistemas aquáticos e terrestres.

9. Alteração global do clima: o aumento da concentração dos gases estufa na troposfera terrestre (primeira camada da atmosfera) e de partículas de poluentes está causando um fenômeno conhecido como aquecimento global, que é o aumento da temperatura do planeta, devido a maior retenção da radiação infravermelha térmica na atmosfera. Cada grau celsius de aumento da temperatura terrestre irá trazer consequências diferentes, e estas são acumulativas, segundo o 2º relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) apenas 1º C a mais já é suficiente para derreter as geleiras de topos de montanha do mundo todo, comprometendo abastecimento locais de água, e se o aumento chegar a 4º C estima-se que até 3,2 bilhões de pessoas poderão sofrer com a falta d’água e que a subida do nível do mar irá ameaçar a existência de cidades costeiras em todo o mundo. As previsões de aquecimento para o fim deste século estimam entre 1,8º C e 4º C a mais na média da temperatura mundial.

10. Aumento progressivo das necessidades energéticas e suas conseqüências ambientais: o aumento da demanda energética devido ao crescimento populacional, urbanização e crescente desenvolvimento tecnológico gera a necessidade da construção de novas usinas hidrelétricas e termelétricas, grandes e pequenas usinas nucleares, e etc. E quanto maior a utilização de combustíveis fosséis (termelétricas, carvão mineral) mais gases de efeito estufa são lançados na atmosfera. Outros tipos de matrizes energéticas como hidrelétricas e usinas nucleares possuem impactos ambientais associados a sua construção e operação (exemplo: falta de tratamento para os resíduos nucleares).

11. Produção de alimentos e agricultura: A agricultura de alta produção é uma grande consumidora de energia, de pesticidas e de fertilizantes. A expansão das fronteiras agrícolas aumenta as taxas de desmatamento e perda de biodiversidade.

12. Falta de saneamento básico: principalmente nos países subdesenvolvidos, a falta de saneamento básico é um problema crucial devido às inter-relações entre doenças de veiculação hídrica, distribuição de vetores e expectativa de vida adulta e taxa de mortalidade infantil. E também pela poluição orgânica gerada pelo aporte de esgostos domésticos e drenagem pluvial em corpos d’água devido a falta de infra-estrutura adequada e a lançamentos irregulares.

Dentre os problemas ambientais que afetam o Brasil, podemos listar os mais críticos:

1. Desmatamento, que acarreta em perda de Biodiversidade;
2. Erosão devido a desmatamento e manejo inadequado do solo na agricultura e pecuária;
3. Poluição das águas e solos devido a falta de saneamento básico nas áreas urbanas e rurais;
4. Falta de políticas de gerenciamento de resíduos sólidos nas áreas urbanas, gerando “lixões”;
5. Poluição industrial.

No entanto, a partir da década de 70, a humanidade começou a tomar consciência dos seus impactos sobre a natureza, devido principalmente as consequências econômicas que as reações da natureza a esses impactos geravam, como mais gastos com saúde pública. Isso levou ao surgimento de uma nova abordagem de desenvolvimento econômico conciliatório com a conservação ambiental, surgiu assim o conceito de desenvolvimento sustentável.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

I Encontro Nacional de Educação, Ciência e Tecnologia/UEPB






Apresentação


A diretoria do Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual da Paraíba, juntamente com seus Departamentos promoverá nos dias 12, 13 e 14 de Novembro de 2012, o I Encontro Nacional de Educação, Ciência e Tecnologia UEPB, instrumento de divulgação de conhecimento que tem possibilitado também, através de suas diversas atividades, a produção e socialização de novos saberes científicos, estímulo que tem levado seus partícipes ao engajamento no processo de desenvolvimento científico e tecnológico, embasado em práticas pedagógicas que asseveram a construção de saberes escolares significativos.


Este Encontro ocorre a cada 02 (dois) anos e já faz parte do calendário de atividades acadêmicas do Centro de Ciências e Tecnologia - CCT.   Recebeu cerca de 800 (oitocentos) participantes da região nordeste.  O evento atua em várias frentes: integra o programa de extensão; de divulgação e de melhoria da qualidade dos cursos que compõem o referido centro, possibilita à comunidade acadêmica o enriquecimento intelectual, além de possibilitar o intercâmbio com outras Instituições de Ensino e de fomento á pesquisa. Na ocasião, serão apresentados trabalhos científicos proferidas palestras, realizados minicursos  e oficinas, além de atividades artísticas, mantendo o foco no tema em tela.

Inscrições: No Site do ENECT


Breve Histórico

A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) atua como instituição formadora de recursos humanos há 40 anos, promovendo atividades de ensino, pesquisa e extensão através dos seus campi nas cidades de Campina Grande, Guarabira, Lagoa Seca, Catolé do Rocha, Monteiro, João Pessoa, Araruna e Patos. Atualmente possui um corpo discente superior a 18.000 estudantes em seus Cursos de Graduação, pós-graduação lato-sensu e de pós-graduação stricto-sensu.
Desta vez, o evento terá como tema Ciência, tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Sustentável, e tem como objetivo criar intercambio entre profissionais acadêmicos das mais diversas áreas relacionadas com a temática do evento.
O uso da tecnologia tem modificado a fisiologia social de forma contínua, e, consequentemente, essa constante transformação exige contínua modificação de tecnologia, e isso acaba gerando um processo em loop que busca, inexoravelmente, restaurar-se num patamar de energia com incremento sempre maior que o de seu antecessor. De acordo com Muraro (2009, p. 51), em cem anos a humanidade caminhou mais que nos seus anteriores dois mil anos... . A evolução exponencial observada no espaço-tempo que vai da segunda metade do século XX ao início do século XXI, em todos os sentidos e em velocidade cada vez maior entre as diversas ciências, tecnologias e os sistemas socioeconômicos, tem concorrido sobremaneira para novas configurações paradigmáticas em respostas às demandas individual e social, hodiernas e doravante. Atualmente a UEPB possui 45 cursos de graduação, oferecidos nos turnos manhã, tarde e noite, como também os cursos de Educação a Distância. A UEPB é um dos pólos do programa UFRN /UPE para os cursos de Licenciatura em Química, Física, Matemática e Biologia, atendendo uma grande demanda de municípios paraibanos, pernambucanos e Cearenses. O CCT da UEPB realizou, no ano de 1998 a I Semana Pedagógica Científica e Tecnológica do CCT e naquele momento, as atividades já contavam com a participação de cientistas e pesquisadores das áreas de Física, Química e Matemática. Em virtude de vários fatores, sobretudo, o de transformação pela qual passara a UEPB devido à implantação do Projeto da Reforma Universitária e, também por causa de dificuldades financeiras, o evento só foi reeditado na sua II versão em Dezembro de 2004, desta feita, com uma nova roupagem, tomando-se, deste então, um evento de dimensão regional. Naquela oportunidade, ampliou-se a participação de pesquisadores, instituições e interessados. Todas essas ações concorreram para que o CCT considerasse o evento como parte integrante da sua programação de atividades de extensão. Na oportunidade, definiu-se que a periodicidade seria de dois anos, e desta feita, abrira-se o caminho para a consolidação de um evento que é deveras relevante para que o CCT e para a UEPB, pois, através de ações como essa, a instituição pode cumprir a sua função social.
Na IV versão, em outubro de 2006, desta vez como a 1ª Jornada Regional e com a criação dos novos cursos do CCT, Engenharia Sanitária e Ambiental e Licenciatura em Computação, havendo maior interação entre pesquisadores e participantes inscritos, bem como, ampliação das empresas parceiras no evento. No ano de 2008, realizamos o V Encontro Regional de Educação em Ciências e Tecnologia do CCT/UEPB, em novembro, uma vez que se fazia necessário ampliar o número de pesquisadores, instituições e inscritos de outros estados da região nordeste do Brasil. No ano de 2010, foi realizado o VI Encontro Regional de Educação, Ciência e Tecnologia do CCT/UEPB, em dezembro, na perspectiva da Educação Científica e com vistas à formação de profissionais com competência suficiente para assumir a empregabilidade e o exercício da cidadania.
Neste ano estaremos realizando a VII edição do evento com o tema: Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Sustentável contando com participação de pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação das diversas áreas envolvidas no encontro.

Período e Local de Realização

O evento será realizado 12 a 14 de novembro de 2012 na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) Campina Grande – PB. O programa, voltado para o tema Exploração e Produção de Petróleo e Gás, constará de palestras e mini-cursos com convidados de renome nacional e internacional e ainda com a apresentação de trabalhos técnico-científicos na forma oral e poster, com intuito de proporcionar uma visão do estado da arte dos principais tópicos que serão abordados, ou seja, esta será uma grande oportunidade de atualização rápida e concentrada, indispensável para os estudantes e profissionais da área.

Justificativa

A tarefa de democratizar o conhecimento científico, de modo que o cidadão possa se inteirar de forma razoável dos avanços do pensamento humano, ainda se constitui num grande desafio para escola apesar do incrível desenvolvimento da comunicação.
A Universidade Estadual da Paraíba - UEPB sentindo-se corresponsável diretamente dentro desta problemática vem tomando iniciativas concretas, através do Centro de Ciências e Tecnologia - CCT, no sentido de participar de todas as demandas que visem melhoria da qualidade do ensino e a efetiva democratização do acesso ao conhecimento nessas áreas, na região nordeste. É inegável o compromisso dos departamentos de Computação, Engenharia Sanitária e Ambiental, Estatística, Física, Matemática, Química do CCT com a formação dos futuros profissionais, com a integração da instituição com a sociedade, com os meios de produção e consumo. Em agosto/2007 o CCT – UEPB realizou o I Encontro de Agroecologia – CCT- UEPB abordando o tema: Alternativas para o Desenvolvimento da Agroecologia e Sustentabilidade Ambiental no Estado da Paraíba. Em novembro/ 2008 realizamos o V Encontro Regional de Educação em Ciências e Tecnologia do CCT/UEPB abordando o tema: "Ciência, Consciência e Atitude para Preservação do Planeta".
O Estado da Paraíba aspira inovações, principalmente a cidade de Campina Grande, com eventos que possam demonstrar a importância da Universidade Estadual da Paraíba no campo da ciência e tecnologia. É inegável a necessidade que temos para divulgar o trabalho realizado pelo Centro de Ciências e Tecnologia desta Instituição, bem como a necessidade de estabelecer e manter o intercâmbio com outras Instituições de ensino da região, com empresas, com pesquisadores e profissionais inseridos no mercado e, assim, trazer bons frutos nos campos pedagógico, científico e tecnológico.
Portanto, neste momento, a comunidade do CCT da UEPB enfrenta mais um desafio quando assume a responsabilidade de realizar um evento que envolve a divulgação de ciência, tecnologia, inovação e desenvolvimento sustentável.

Objetivo

Oportunizar aos alunos, professores e profissionais das áreas envolvidas com ciência e tecnologia e áreas afins, discussões acerca das inovações, com especial foco no desenvolvimento sustentável;
Estimular a produção acadêmico-científica das áreas de Computação, Engenharia Sanitária e Ambiental, Estatística, Física, Matemática, Química e áreas afins com abordagem na trajetória da ciência e a recepção de pesquisadores na construção de uma sociedade sustentável.
Promover troca de experiências entre acadêmicos, profissionais e pesquisadores na temática em questão, provocando discussões em torno das questões sustentabilidade.

Saiba mais acessando o Site Oficial do ENECT.

Fonte: ENECT

Hidróxido de Potássio (KOH)


hidróxido de potássio (KOH), comumente conhecida como “potassa cáustica é uma base forte que existe na forma de um sólido branco cristalino, de coloração branca opaca ou transparente. É extremamente perigoso, em virtude de ser tóxico e corrosivo.


Reage violentamente e exotermicamente com água e com ácidos, produzindo um vapor sufocante e altamente corrosivo. O hidróxido de potássio é comercializado sob forma sólida comumente em escamas podendo às vezes estar na forma de flocos ou granulado ou soluções a 50%, sendo utilizado como matéria prima na indústria saboeira, além de diversas outras finalidades.



Propriedades Físico-Químicas

  • Aspecto: sólido branco opaco ou solução transparente a 50%.
  • Fórmula molecular: KOH
  • Massa Molecular: 56,108 u
  • Função Inorgânica: Bases
  • Estado Físico: sólido nas CNTP.

Produção

A maior parte do hidróxido de potássio utilizado é proveniente da eletrólise  do KCl( cloreto de potássio), fundido a temperatura de 850ºC, onde a quebra da ligação ocorre pela passagem da corrente elétrica segundo reação:



Utilização


O KOH é uma base muito utilizada na indústria, em vários segmentos que vão desde matérias primas farmacêuticas a fertilizantes, em virtude de ser uma base de custo baixo, conferir ótimas propriedades aos produtos com ela formuladas.
Principais usos:
  • A fabricação de sabões e detergentes entre outros produtos de limpeza.  O KOH é usado na fabricação de sabões moles e transparentes, em virtude de conferir maior consistência e menos rigidez aos sabões, aumentando assim sua solubilidade.
  • Na indústria cosmética é utilizada principalmente na fabricação de sabonetes em virtude de ser menos agressiva á pele do que os sabões de sódio.
  • É usada na pesquisa sob a forma de reagente PA, tanto em titulações ácido base quanto em sínteses orgânicas e inorgânicas.
  • Na fabricação de fertilizantes, em virtude do potássio ser indispensável para o crescimento das plantas. È comumente comercializado na forma de nitratos, nitritos, sulfatos e fosfatos de potássio todos obtidos pelasreações de neutralização com os respectivos ácidos.

Bibliografia:
SHRIVER, DUWARD; ATKINS, PETER. Química inorgânica – 4ª edição. Porto Alegre, Bookman, 2008.

LEE, J.D.. Química inorgânica não tão concisa – tradução da 4ª edição inglesa. São Paulo,  Edgard Blücher, 1996.

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