1. AEROFLEX TINTAS E PRODUTOS QUÍMICOS PARA AVIAÇÃO
TINTAS E VERNIZES - Treinamento
CONCEITOS BÁSICOS:
Verniz é uma solução de resina em um determinado solvente.
Uma vez aplicado o verniz, o solvente evapora, deixando uma camada de resina.
As características do verniz são determinadas pela qualidade da resina.
O solvente uma função meramente aplicativa.
O verniz é transparente por definição.
Deixa ver através de seu filme o substrato onde foi aplicado.
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Se a um verniz adicionarmos um pigmento, de forma a lhe comunicar uma coloração qualquer, e eliminar sua transparência, teremos uma tinta. A diferença entre verniz e tinta é que um verniz é sempre transparente, enquanto que uma tinta possui o chamado "poder de cobertura". COLOR ANALYSIS SISTEM.
COMPONENTES BÁSICOS DE UMA TINTA:
Resina
Normalmente a resina é o componente mais importante de uma tinta.
É ela que vai determinar sua denominação
(se epóxi, se poliuretano, se acrílica, etc.).
RESINA SÓLIDA RESINA LÍQUIDA
RESINA - continuação Comparador de cores GARDNER - a tonalidade de uma resina interfere na cor da tinta.
A nível técnico, a resina componente de uma tinta recebe, também, outras denominações:
Veículo não volátil
Agente filmógeno
Ligante não volátil
Aglutinante
REATOR PARA PRODUÇÃO DE RESINAS:
Pigmentos
Os pigmentos são normalmente materiais em forma de pó finamente divididos, em cores específicas, tendo por função comunicar alguma cor à resina, a fim de lhe eliminar a transparência. Alguns pigmentos possuem, também, características anticorrosivas, isto é, melhoram o desempenho da resina na sua proteção a metais.
Pigmento em pó (forma bruta)
Cargas por cargas, entendem-se pigmentos de baixo custo, com poder tintorial ou não, destinados a reduzir o custo de uma tinta, ou a lhe alterar algumas características físicas (tais como brilho, aderência, e outros). Para atingir a fineza necessária, os pigmentos e as cargas são processados em moinhos de esfera de vidro.
Solventes
Os solventes são líquidos voláteis (que evaporam), e têm por função reduzir a viscosidade das resinas, de forma a permitir sua aplicabilidade pelos meios convencionais de pintura (pincel, rolo ou pistola).
TANQUE PETROBRÁS BARUERI: ( Em tanques desse tipo são Armazenados solventes)
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DE UMA TINTA:
Resistência Química
A resistência química é dada quase sempre pela resina.
Cada resina tem um comportamento específico em relação a um determinado produto químico.
Este comportamento pode ser fortemente influenciado, para melhor ou para pior, pela classe dos pigmentos usados em sua combinação. A pintura interna de um tanque para armazenagem de solventes, por exemplo, é de altíssima responsabilidade técnica, devido à agressão química sofrida pela tinta.
TANQUE PETROBRÁS - LINHA ANTICORROSIVA DE NORMA:
Resistência Mecânica
É normalmente determinada pela resina.
A adição de determinados pigmentos ou cargas (p.ex. quartzo em pó), podem ter uma influência decisiva sobre a resistência mecânica da tinta.
DUREZA LÁPIS TESTE DE RESISTÊNCIA AO RISCO EMBUTIMENTO TESTE DE RESISTÊNCIA AO EMBUTIMENTO POR ESFERA:
IMPACTO TESTE DE RESISTÊNCIA AO IMPACTO MANDRIL CÔNICO TESTE DE RESISTÊNCIA AO DOBRAMENTO
SUBSTRATO SUBSTRATO VERNIZ VERNIZ + PIGMENTO RADIAÇÃO UV RADIAÇÃO UV:
Resistência às Intempéries
O grande inimigo de tintas e vernizes é o sol. A radiação ultravioleta contida na luz solar catalisa a ação do oxigênio do ar sobre a resina, causando sua oxidação (decomposição). No caso de um verniz este processo é muito mais rápido, por causa de sua transparência, que permite uma penetração em profundidade da radiação UV .
LEMBRETE:
Os pigmentos, devido à sua opacidade, possuem a faculdade de retardar este processo. Cada tipo de resina e cada tipo de pigmento possui um comportamento específico neste sentido.
A pintura de uma aeronave, por exemplo, deve resistir a agressões químicas e mecânicas fortíssimas. Além do Skydrol, fluido altamente agressivo, devemos lembrar que um avião atinge velocidade de 950 km/h em temperaturas que variam de +40 ºC a -50 ºC. Além disso, na altitude de cruzeiro, a incidência de radiação UV, devido à menor densidade atmosférica, é muito mais intensa do que no solo.
Poder de Cobertura
É a capacidade que uma determinada tinta apresenta de "cobrir" opticamente o substrato. Esta característica é determinada pela quantidade e qualidade de pigmentos contidos pela resina, assim como pela espessura da camada de tinta.
O aparelho para dimensionamento laboratorial do poder de cobertura, é o Criptômetro de Phund.
MICRÔMETRO:
Aparelho utilizado para medir a camada de tinta aplicada.
Brilho
O grau de brilho é determinado pela rugosidade da superfície de uma tinta. Quanto mais lisa for a superfície de uma pintura, tanto maior será seu brilho. O grau de brilho é fortemente influenciado pela qualidade e quantidade de pigmentos contidos pela resina.
Uma tinta pouco pigmentada será em princípio mais brilhante do que uma tinta muito pigmentada .
Detalhe faixa helicóptero - AEROFLEX VERNIZ PRISMAX:
Aderência
A aderência é a propriedade que uma tinta tem de se unir firmemente a um determinado substrato .
No caso de substratos porosos (como por ex. alvenaria), uma tinta penetra nos poros, ancorando-se mecanicamente, e resultando em uma aderência extremamente elevada (chamada “aderência mecânica”).
No caso de substratos não porosos (como por ex. metais e plásticos), a aderência é muito mais crítica, sendo necessária a aplicação de tintas primárias ("fundos ou "primers"), às vezes específicas para cada tipo de metal.
Teor de Sólidos por Volume (SPV)
É o percentual de não voláteis de uma tinta (basicamente pigmentos + resina), expressa em volume. Este dado é extremamente importante para se calcular o rendimento de uma tinta, e é totalmente indispensável na ocasião de uma tomada de preço entre diferentes fornecedores. Não devemos esquecer que uma pintura é a aplicação de uma camada de uma determinada espessura, devendo-se, portanto, pensar sempre em termos volumétricos.
Somente a partir da informação de teor de sólidos por volume é que se pode comparar o orçamento de tintas e vernizes entre dois fabricantes diferentes.
Rendimento
A unidade de venda para tintas, no Brasil, é normalmente o galão de 3,6 litros, sendo o rendimento expresso em m 2 /galão. O rendimento estará em função da espessura da camada de tinta, que é expressa em micrometros (µm) ou "mils". Um micrometro é um milésimo de milímetro, enquanto que um "mil" é um milésimo de polegada, representando, portanto, cerca de 25 m. O rendimento de uma tinta em função dos seus sólidos por volume e da espessura da camada que desejamos aplicar, é calculado pela seguinte fórmula: M 2 /galão = Essa equação resulta no RENDIMENTO TEÓRICO. Para cálculo de RENDIMENTO PRÁTICO, convencionou-se retirar 20% do total. SPV X 10 µm µm X 3,6.
Famílias de Tintas Divisão por tipo de secagem:
Borracha clorada Acrílicas termoplásticas
a) Secagem física Vinílicas (simples evaporação de solventes) Nitrocelulose - Nitrossintéticos Dispersões aquosas (látex).
B) Secagem Química (cura - polimerização) Secagem oxidativa Cura térmica Bicomponentes Óleo Alquídicos Melamínicas Uréia - formol Epóxies Poliuretanos.
Reversibilidade:
vantagens e desvantagens
Dizemos que uma tinta é reversível quando, mesmo depois de seca ela continua solúvel em solventes. Enquadram-se nessa categoria praticamente todas as tintas de secagem física.
DESVANTAGEM:
Menor resistência a solventes e a todos os produtos que ajam como tal, por exemplo: óleos e plastificantes.
VANTAGEM:
Maior facilidade de repintura: a camada de tinta aplicada na repintura irá se unir com a camada de pintura anterior.
Descrição
Devido à grande importância que adquiriram nos últimos anos, as tintas bicomponentes (reativas), merecem um enfoque à parte.
TINTAS BICOMPONENTES:
É fornecida em 2 componentes separados.
A mistura deve obedecer a orientação do fabricante.
A mistura provoca uma reação química.
O produto resultante da mistura tem características diferentes dos dois primeiros.
O que é uma tinta bicomponente ?
EPÓXIES:
AMINA
Maior resistência química
Maior resistência a altas temperaturas
Maior resistência a solventes
AMIDA
Maior flexibilidade
Maior aderência
Melhor umectação do substrato
Melhor passivação em materiais ferrosos
” Pot-life” mais longo
Maior compatibilidade com substratos úmidos.
AROMÁTICO
Custo mais reduzido
Forte tendência ao amarelamento e
à oxidação superficial em pinturas externas
ALIFÁTICO
Custo elevado
Ótima resistência ao intemperismo
Pouca tendência ao amarelamento
POLIURETANOS
A reação química entre dois componentes é às vezes exotérmica (libera calor), o que faz com que ela se auto-acelere. Antes de proceder à mistura, procure ter informações a respeito.
A T E N Ç Ã O !
Ao contrário do que muita gente acredita, a resistência ao intemperismo dos epóxis em geral e dos poliuretanos aromáticos é pequena. Estes produtos não devem ser utilizados externamente sob forma de vernizes.
Vida Útil da Mistura
A vida útil da mistura ("Pot-life") depende de uma série de fatores tais como:
natureza química dos componentes
temperatura ambiente
nível de diluição
quantidade de mistura
tipo de recipiente utilizado
É indicado que se prepare apenas a quantidade de tinta a ser utilizada dentro do tempo de vida útil previsto.
Intervalos entre as Demãos
Na aplicação de tintas reativas, é de vital importância que os intervalos entre as diversas demãos estejam rigorosamente dentro dos parâmetros indicados pelo fabricante de tinta.
Caso o intervalo mínimo não seja observado, pode acontecer que a camada que está sendo aplicada se misture com a camada inferior, resultando em espessuras irregulares.
Caso o intervalo máximo não seja observado, haverá falha na aderência entre demãos.
CONSELHOS ÚTEIS NA UTILIZAÇÃO DE TINTAS BICOMPONENTES:
Caso o intervalo mínimo não seja respeitado pode acontecer que a camada aplicada se misture com a inferior, resultando em espessuras irregulares. Caso o intervalo máximo seja excedido, pode haver falha na aderência entre as diversas camadas. Observar sempre a proporção de mistura indicada pelo fabricante. Nunca deixar tintas catalisadas ao sol ou perto de uma fonte de calor. Lavar cuidadosamente os apetrechos de pintura com o solvente indicado após cada aplicação.
Misturar somente a quantidade de tinta a ser utilizada dentro da vida útil da mistura. Utilizar sempre o diluente indicado pelo fabricante. Particularmente no caso de poliuretano, a utilização de um solvente inadequado pode ser desastrosa. Estabelecer um cronograma de pintura compatível com o intervalo entre demãos indicado pelo fabricante.
Como consultar o fabricante de tintas sobre o produto mais indicado ?
Caso já esteja utilizando um produto específico, encaminhar amostra líquida e boletim técnico.
Informe detalhes sobre o substrato - lembre-se que, se o objeto já estiver pintado, a tinta aplicada passa a ser o substrato.
Especifique quais tipos de agressão a tinta deverá suportar.
É muito comum existir uma norma pré-estabelecida. Se for o caso, informe o fabricante.
Dê informações precisas sobre o sistema de pintura ou estabeleça um sistema em parceria com o fabricante.
Especifique o tipo de tratamento de superfície a ser aplicado.
Informe as condições de cura.
Apresente padrão de cor ou busque a informação nos padrões internacionais.
CRÉDITOS: PLASTOFLEX TINTAS E PLÁSTICOS LTDA