quarta-feira, 15 de maio de 2013
Investidores estrangeiros querem produzir etanol na Bahia
quarta-feira, maio 15, 2013
Biocombustíveis
Um projeto que visa a produção de etanol na Bahia pode reduzir a importação interna e impulsionar o desenvolvimento de municípios da região semiárida. Esta é a proposta de investidores internacionais, que se reuniram na manhã desta segunda-feira (25), no gabinete do secretário da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Reforma Agrária, Pesca e Aquicultura, Eduardo Salles, com o superintendente estadual do Banco do Nordeste, Jorge Bagdeve, a agente de desenvolvimento do banco, Yéda Brito e a gerente executiva do BNB, Daniela Graciane.
De acordo com os investidores, que preferem não divulgar seus nomes, o projeto terá grande impacto para a Bahia, pois serão produzidos 412 milhões de litros de etanol e 400 mil toneladas de açúcar, em 10 anos. O estado consome aproximadamente 600 milhões de litros e produz cerca de 100 milhões, tendo que importar o etanol de outros estados. Com a implantação do projeto, a Bahia se aproximará da autossuficiência, além de estar prevista a geração de 15 mil empregos diretos e indiretos, o projeto contempla investimento de 9 mil hectares para produção de alimento, com o envolvimento de agricultores familiares e assentados e haverá aplicação de recurso destinado a programas habitacionais, qualificação de mão de obra, saúde, dentre outros.
O superintendente estadual do BNB, Jorge Bagdeve Informou que o projeto tem características diferenciais que o torna atrativo para o banco e considerou importante o investimento em uma região carente, onde Barra está inserida. "O BNB tem uma linha de crédito específica e favorável para o que está sendo proposto, que é Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE)", destacou.
O secretário pontuou que a Bahia é um estado deficitário na produção do etanol e a cana irrigada tem grande potencial para a atividade. "Os entendimentos estão avançando para que o estado consiga consolidar a atração desse investimento para o município de Barra. O que nós queremos é a integração da lavoura com a agroindústria, gerar emprego e renda para a população, agregar valor ao produto e proporcionar condições de fixar o homem no campo", disse.
Os investidores ainda têm a seu favor, o decreto estadual nº 9.076 de 27 de abril de 2004, que institui o Programa para o Desenvolvimento do Pólo Sucro-alcooleiro do Médio São Francisco, com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento de áreas potenciais para o agronegócio sucroalcooleiro, na região do médio São Francisco (Assessoria de Comunicaçã, 26/2/13)
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Desafio mostra benefícios do sorgo sacarino para a produção de etanol
sexta-feira, maio 03, 2013
Biocombustíveis, Combustíveis e Energia, Desenvolvimento Sustentável, Sorgo sacarino
Na década de 1980, o sorgo sacarino foi introduzido no Brasil como uma alternativa para a produção de etanol durante a entressafra de cana-de-açúcar. A iniciativa foi promovida pelo Proálcool, programa desenvolvido pelo Governo Federal para incentivar o uso do álcool e de outras fontes energéticas como uma alternativa à gasolina, em um período de crise petrolífera mundial. No entanto, no início, a produção em larga escala dessa matéria-prima não teve sucesso, pois não havia híbridos adequados às peculiaridades regionais brasileiras. Hoje, trinta anos depois, o sorgo sacarino pode se tornar uma realidade comercial devido aos avanços tecnológicos obtidos no setor e ao esforço da CanaVialis, marca da Monsanto de melhoramento genético e tecnologias para cana-de-açúcar e sorgo sacarino.
Para demonstrar a importância dessa cultura para o setor sucroenergético, a CanaVialis lançou, no final de janeiro, o Desafio de Produtividade Sorgo Sacarino, um projeto pioneiro desenvolvido em quatro usinas paulistas e uma em Goiás contando com a parceria das empresas Case IH e Novozymes. O projeto, que vai até junho de 2013, demonstrará a capacidade de produção comercial desse tipo de sorgo, pois entre março e abril - meses em que a cana-de-açúcar ainda se encontra em estado de desenvolvimento vegetativo - essa cultura pode ser uma alternativa para a produção de etanol.
“O sorgo sacarino tem condições de produzir mais de 2.500 litros de etanol por hectare durante o período de entressafra da cana-de-açúcar. O desenvolvimento dessa cultura gerará uma melhoria na produtividade da cana-de-açúcar ao proporcionar a sua colheita em período mais favorável”, diz Vagner Kogikoski, gerente de Marketing da CanaVialis.
Para o desafio, foram instalados cinco campos experimentais, cada um deles com aproximadamente 20 hectares, nas cidades paulistas de Clementina, Catanduva, Igarapava, Piracicaba e em Quirinópolis, todas em Goiás. Os municípios foram escolhidos pela CanaVialis com base na necessidade de viabilização da matéria-prima durante o período de entressafra da cana-de-açúcar.
Durante o projeto, a CanaVialis fará o manejo agrícola e o acompanhamento técnico dedicado em todas as áreas selecionadas. Ao todo, participam da ação mais de 20 profissionais da Monsanto, divididos nas áreas de Marketing, Vendas, Desenvolvimento Tecnológico, Comunicação e Recursos Humanos. A parceira Case IH, líder no setor de máquinas agrícolas, fornecerá os equipamentos, além de prestar consultoria na produção das áreas comerciais. Já a Novozymes, líder mundial em bioinovação, será a responsável pelo fornecimento de enzimas e pela recomendação de uso às usinas que participam da ação.
O híbrido selecionado para o projeto Desafio de Produtividade Sorgo Sacarino é o CV568, lançado em 2012. Ele está disponível comercialmente para a safra 2012/2013 e seus principais diferenciais agronômicos são a amplitude de colheita e o alto potencial produtivo. “Atualmente, somos líderes do segmento, mas queremos ampliar ainda mais o uso do sorgo sacarino como alternativa viável à produção de etanol no país”, explica José Carramate, gerente de estratégia para EMEA, Ásia e África e ex-líder de negócios de Cana-de-Açúcar da Monsanto do Brasil.
Fonte: Monsanto em campo.
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