sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Brasil irá dobrar energia com bagaço de cana em uma década

O Brasil é um dos países que mais investiram na produção de energias renováveis nos últimos anos, mas “poderia fazer mais esforços” nesse sentido, segundo a Conferência da Organização das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad), que publicou nesta terça-feira (29) um relatório sobre o tema. Entre as alternativas para explorar ainda mais esse potencial, a produção de energia a partir da biomassa deve ter papel destacado até 2020.
O País vai dobrar nos próximos dez anos a capacidade de seu parque gerador de energia elétrica a partir do bagaço de cana-de-açúcar. A informação consta do Plano Decenal de Expansão de Energia da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O Brasil conta atualmente com 4.496 MW instalados, potência que chegará a 9.163 MW ao final desta década.

O potencial para o crescimento da produção nacional de biomassa é muito grande. Contamos com 440 usinas sucroalcooleiras e apenas 20% delas (90) comercializam a energia produzida pelo bagaço da cana. O mercado dessa energia é interessante tanto para quem vende, quanto para quem compra, já que, além de representar renda a mais para as usinas que produzem açúcar e álcool, as empresas que adquirem energia limpa podem, assim, conquistar o selo verde. Mas, para que essas usinas, que hoje produzem apenas a energia necessária para a autossuficiência, passem a comercializar energia limpa é necessário contar com incentivos governamentais. 

Outra vantagem do uso dessa matéria-prima, de acordo com a União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica), é o fato de essa eletricidade ser produzida no período da seca, de abril a novembro, quando ocorre a moagem da cana para a produção de álcool e açúcar. Nesse período, os reservatórios das usinas hidroelétricas costumam apresentar baixo nível de água. Além desses trunfos, o consumo de bagaço para gerar energia contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa, comuns em termoelétricas que usam combustível fóssil.

A utilização do bagaço de cana para geração de energia elétrica no Brasil é uma prática ainda pouco explorada diante da capacidade que o setor sucroalcooleiro oferece. Segundo a Unica, as usinas podem gerar, em dez anos, 13.150 MW mediante uso do resíduo da cana, o equivalente a uma Itaipu e meia.

Fonte: UAI Meio Ambiente

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