domingo, 25 de novembro de 2012
Processo Industrial da Fabricação de Sabão - Saponificação
domingo, novembro 25, 2012
Pesquisa, Procedimentos, Processos Industriais, Produtos de Limpeza, Sabões e Detergentes, Saponificação
A fabricação de sabão para limpeza é conhecida há séculos e narrada pelos antigos historiadores.
Os gauleses foram os primeiros a manufaturar sabões de gorduras de cabra e de cinzas de madeira.
Nas escavações de Pompéia foi descoberta uma fábrica de sabão sepultada durante quase 2000 anos.
Acredita-se que os romanos adquiriram dos gregos seus conhecimentos sobre a fabricação de sabão.
Até o século XIV, os espanhóis e os italianos foram provavelmente os principais fabricantes de sabão.
A arte de produzir sabão foi introduzida na França, na cidade de Marselha durante o século XIII ou XIV.
Os sabões de Marselha eram de excelente qualidade, fabricados de óleo de oliva e álcali preparado a partir das cinzas de lenha e de algas.
A província espanhola de Castile deu seu nome ao sabão feito no local com óleo de oliva (Castile).
A fabricação de sabão foi, provavelmente, introduzida na Inglaterra durante o século XIV.
A primeira patente inglesa relativa à fabricação de sabão dita de 1632.
Uma das transformações mais revolucionárias sofridas pela indústria saboeira ocorreu em 1791, quando o químico francês Le Blanc descobriu o processo de fazer soda cáustica a partir do sal comum.
Este fato quase eliminou com a utilização de cinzas de lenha.
Os métodos de fazer sabão permaneceram inalterados durante muitos anos, embora o óleo de coco e o breu tivessem sido acrescentados à lista das matérias primas.
Quando os sabões foram feitos pela primeira vez na América, os métodos empregados foram copiados daqueles vigentes na Inglaterra.
Com o progresso rápido na indústria durante os séculos XIX e XX, a fabricação de sabão mudou um pouco e a maioria do sabão produzido no mundo de hoje é feito pelo chamado processo contínuo.
O conhecido sabão, usado principalmente para fins de lavagens e como agente emulsionante, consiste principalmente de hidróxidos de sódio ou potássio, de ácidos gordurosos.
Os sabões produzidos a partir de hidróxido de sódio (soda cáustica) são conhecidos como “sabões duros”, já os fabricados a partir de hidróxido de potássio são conhecidos como “sabões moles”.Outros tensoativos, freqüentemente conhecidos como detergentes sintéticos competem com os sabões em muitos usos.
Atualmente os sabões são muito mais sofisticados, pois temos: sabão em pedaço , sabão em pó , sabão de coco e os sabonetes.
Embora o sabão seja geralmente conhecido como um agente de limpeza, hoje em dia, é grande a porcentagem de sabões fabricados para diversas aplicações.
Uma dessas aplicações é a sua utilização como produto de toucador (sabonetes , sabões para barbear, cosméticos).
O sabão, como se poderia pensar, não desprende e elimina o sujo por ação química e sim por ação física, senão vejamos : as substâncias eliminadas são de naturezas diversas, como a argila a grafite os óleos minerais, as graxas, etc.
O sabão provoca uma alteração na superfície da fibra têxtil na qual está aderida a sujeira, provocando uma diminuição na força de adesão, fazendo que ela passe para a espuma , ou seja , o sabão é formado por uma cadeia carbônica longa apolar e , portanto solúvel em gorduras e também por uma extremidade que tem um grupo carboxila polar e , portanto solúvel em água .
Óleo quente e álcalis concentrados são misturados. Centro: Salmoura fresca é adicionada a mistura, a fim de separar da solução o sabão formado. No fundo do recipiente acumula-se uma mistura de salmoura e glicerina, chamado de Barrela. A direita o sabão grosso é submetido à fervura para que todo o sal seja removido. Menos dura que os resíduos, sobrenada uma camada de sabão puro.
Sabão tipo português ( em pedaços )
Em um tanque encamisado ou não, coloca-se o sebo à temperatura de 60ºC e adiciona-se lentamente uma solução de soda cáustica a 50% até a completa saponificação (pH 6,5 – 7,5 ).
Ao ocorrer a saponificação adiciona-se solução de cloreto de sódio ( sal de cozinha ) que irá produzir a separação do sabão, que flocula em forma de pasta.
A parte líquida no fundo é composta por glicerina impura que poderá ser destilada uma ou duas vezes por processo simples ou a vácuo.
O sabão pronto é acondicionado em formas e posto a endurecer ao ar (sabão tipo mole ) ou ainda pode ser colocado em extrusoras sendo cortado no tamanho ou peso pré-determinado e depois prensado ( sabão tipo duro ).
Consiste na saponificação do sebo ( a 60ºC ) por soda cáustica líquida até a neutralização ( pH 6,5 – 7,5 ). Coloca-se o cloreto de sódio em solução para flocular o sabão. A pasta é colocada então em um agitador tipo amassadeira de pão ( batedeira de padaria ) e agita-se até o endurecimento e quebra do sabão. Depois o sabão é colocado em moinhos para ser moído.
É feito do mesmo modo acima só que pode levar as seguintes matérias primas: Carbonato de sódio – aumenta o poder de absorção do sabão em pó, é usado para aumentar o pH.
Metassilicato de sódio – aumenta a liga do sabão, isto é, provoca uma maior interação entre as matérias primas. Silicato de sódio – também aumenta a liga sendo que leva uma vantagem sobre o anterior por ser neutro , o metassilicato é alcalino.
Tripolifosfato de sódio – aumenta o poder de limpeza.
Obs.: O pH de um sabão em pó deve estar entre 9,5 – 10,5.
Fonte: Processo Industrial
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