O leite de cabra chega a ter 30% menos colesterol que o de vaca, além de possuir menor teor de açúcar.
O leite de cabra é um alimento com excelentes benefícios nutricionais e pode produzir produtos derivados com alta qualidade gastronômica. Visando aumentar a regularidade da oferta de leite e desenvolver modelos de sistemas de produção, o Governo do Estado da Paraíba incentiva pesquisas desenvolvidas pela Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa-PB), por meio do Programa “Desenvolvimento de Sistemas Eficientes de Produção de Leite Caprino no Semiárido – Sisleite”, para oferecer tecnologias sustentáveis para que o agricultor familiar invista na produção de leite caprino.

De acordo o coordenador do Sisleite, Edgard Pimenta, os animais têm como fontes de alimentação a silagem de sorgo, o feno e a caatinga, além dos concentrados. E uma das ações do Programa, que foi custeado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), prevê que a quantidade de alimento conservado alimente o dobro de animais. Isso permitirá que o caprino esteja bem nutrido, se reproduza regularmente e estabilize a produção de leite no semiárido.
“A regularidade de oferta da produção de leite de cabra poderá sustentar a indústria. Isso porque as cabras têm três épocas de parição ao invés de uma. Além disso, estão sendo introduzidas técnicas para baratear algumas fases do custo de produção, já que a ideia é que o produtor rural possa aplicar as tecnologias e conhecimento à realidade local, com instalações rentáveis”, complementa Edgard.
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O leite de cabra chega a ter 30% menos
colesterol que o de vaca, além de
possuir menor teor de açúcar.
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De acordo com o presidente da Emepa, Manoel Duré, esse projeto é mais um apoio do Governo do Estado ao Programa de Leite da Paraíba, que visa promover a melhoria da qualidade de vida das famílias de baixa renda, através da distribuição do alimento para combater a fome e a desnutrição infantil. Atualmente, a Paraíba já produziu em torno de 20 mil litros de leite de cabra por dia, devido à introdução de tecnologias dentro do sistema de produção.
No Brasil, o mercado de fato nunca foi trabalhado de maneira consistente para o consumo de leite de cabra e de seus derivados. Em países onde tem caprinocultura leiteira, o queijo de cabra é o primeiro produto a ser vendido. Aqui no País, colocaram para ser o principal produto o leite líquido, concorrendo com o mercado consumidor de leite de vaca. Mas o que deveria ser trabalhado era o queijo, compatível com o mercado internacional.
Segundo o coordenador do Agrocapri, Wandrick Hauss de Sousa, a partir do próximo ano, a Emepa estará trazendo produtores para acompanhar as tecnologias e pesquisas que estão sendo trabalhadas nas Estações Experimentais, de modo que eles possam utilizá-las. O objetivo desse intercâmbio de conhecimento é desenvolver um modelo que seja 100% ajustado às condições dos produtores.
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Secom-PB